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Por que os jovens rejeitam cargos de liderança?

Hoje, empresas em todo o mundo enfrentam um desafio inusitado: cargos de liderança, antes vistos como o ápice do sucesso profissional, estão cada vez menos atraentes para os profissionais mais novos. Essa tendência é conhecida como “quiet ambition” (ambição silenciosa, em tradução livre). Nela, jovens rejeitam cargos de liderança, o que pode trazer consequências significativas para o futuro do trabalho, especialmente em um cenário onde as mudanças tecnológicas e sociais exigem líderes capazes de navegar em ambientes complexos e incertos.

Um cenário em transformação

No passado, alcançar um cargo de gerência era sinônimo de sucesso. Para gerações anteriores, como os Baby Boomers e a geração X, ser promovido significava prestígio, melhores salários e maior poder de decisão. No entanto, para millennials e especialmente a geração Z, o cenário mudou drasticamente. Jovens rejeitam cargos de liderança cada vez mais porque valorizam outros aspectos de sua vida e carreira, como equilíbrio, propósito e saúde mental.

Estudos recentes, como o da CoderPad, mostraram que 36% dos profissionais de tecnologia não desejam assumir cargos gerenciais. De acordo com um relatório da plataforma de people analytics canadense Visier, apenas 4% dos funcionários consideram alcançar o alto escalão como um objetivo relevante em suas carreiras, o que representa um risco significativo para o pipeline de liderança corporativa. Além disso, 38% dos entrevistados demonstram interesse em assumir cargos de gestão de equipes na empresa onde trabalham, enquanto 62% preferem manter-se em suas posições atuais, sem subordinados diretos. Curiosamente, apenas 37% dos profissionais acreditam que, em algum momento, terão interesse no cargo de seus líderes atuais.

O peso do cargo de líder

Assumir um cargo de liderança pode ser intimidante para muitos jovens. O papel de gerente, muitas vezes, envolve jornadas de trabalho extensas, responsabilidades esmagadoras e pressão constante por resultados. Segundo um estudo da Deloitte, 40% dos gerentes relatam níveis graves de estresse, superando até mesmo os colaboradores que lideram. Além disso, a solidão associada ao cargo e o esgotamento mental afastam ainda mais os profissionais dessa trajetória.

Com a pandemia, esse cenário se intensificou. Líderes foram desafiados a gerenciar equipes remotamente, implementar políticas de trabalho híbrido e, muitas vezes, lidar com crises emocionais de seus times, enquanto enfrentavam seus próprios desafios pessoais. Para muitos jovens, o custo emocional de liderar simplesmente não compensa.

O novo significado de sucesso

Para a geração Z, sucesso não é medido pelo título no crachá, mas pelo impacto que conseguem causar no mundo e pelo alinhamento entre seus valores e o propósito da empresa. Jovens rejeitam cargos de liderança, mas isso não significa que não queiram crescer profissionalmente. Eles buscam ambientes colaborativos, autonomia em suas funções e oportunidades de contribuir para decisões estratégicas, sem necessariamente assumir o título de “chefe”.

Se as empresas não agirem para reverter esse quadro de rejeição, correm o risco de enfrentar um apagão de liderança em médio prazo. Sem profissionais dispostos a assumir posições-chave, a sucessão de líderes e o futuro organizacional ficam comprometidos. É essencial compreender as motivações das novas gerações e encontrar formas de adaptar os modelos de trabalho, tornando a liderança mais atraente.

Como a Optimus Coaching Solutions pode ajudar?

A Optimus Coaching Solutions entende as necessidades das novas gerações e pode ajudar empresas a superar o desafio de engajar jovens profissionais em cargos de liderança. Com programas de coaching personalizados, é possível fortalecer a confiança desses talentos, desenvolver habilidades emocionais e promover uma transição equilibrada para papéis de maior responsabilidade.

Vamos juntos construir um futuro de líderes preparados e inspirados a transformar o ambiente de trabalho!