Hoje, muitas empresas estão comprometidas em fazer sua contribuição social, especialmente em tempos de valorização do ESG – Environmental, Social and Governance. Mas será que elas olham para dentro de suas portas com o mesmo cuidado? Será que a satisfação dos colaboradores também tem recebido a devida atenção?

Por aqui, já falamos em VUCA e BANI, esforços de entender e processar nossa existência nesse mundo cada vez mais caótico, frenético e complexo. Para os líderes, a pressão nunca foi tão grande: resiliência, agilidade, inovação, a expectativa dos investidores por resultados e da sociedade por uma atuação social e ambiental positiva, entre tantas outras demandas simultâneas. O paradoxo é atender todas elas e ainda economizar dinheiro.

Nesse cenário, é comum que a satisfação dos colaboradores acabe sendo um aspecto interno esquecido. Esse é um erro que precisa ser corrigido porque investir no bem-estar das equipes aumenta a lucratividade e a saúde organizacional. Mais que isso, traz benefícios que transcendem os portões da empresa. Afinal, há uma relação direta entre felicidade no trabalho e satisfação geral com a vida.

Felicidade no trabalho e relacionamentos na empresa

Por mais que se esforcem, os líderes estão muito aquém do ideal, em termos de relacionamento com suas equipes. Um estudo da McKinsey revelou que o principal fator de satisfação dos empregados são as relações com a gestão. Este, por sua vez, perde apenas para a saúde mental em importância para a satisfação geral com a vida.

Parcela de satisfação explicada por fator em porcentagens

Infelizmente, a pesquisa também mostra que a maioria das pessoas acha que seus gerentes estão longe do ideal. Por exemplo, 75% dos entrevistados disseram que o aspecto mais estressante de seu trabalho era o chefe imediato.

O que fazer?

Em primeiro lugar, sensibilizar investidores e alta gerência sobre a importância de promover a alta satisfação no trabalho. Algumas propostas podem ser trabalhadas pelas lideranças seniores para promover essa mudança:

  • Educação dos gerentes sobre seus papéis principais
  • Incorporação da qualidade dos relacionamentos no local de trabalho no desenvolvimento do gerente e nas avaliações de desempenho
  • Desenvolvimento das habilidades de relacionamento humano: confiança, encorajamento, empatia e boa comunicação

Remodelar o estilo de liderança

Uma sugestão da McKinsey é o estilo de liderança servidor, cuja premissa é a de que profissionais felizes são mais eficazes e produtivos. O foco são as pessoas e a prioridade é desenvolver e ajudar o time. Para este líder, o mais importante não é o poder ou status – é prover condições para que todos possam evoluir e contribuir para o todo com mais qualidade. Essa é a liderança que conquista respeito pelo jeito prestativo de atuar.

Independente do tipo de liderança escolhido, bons líderes são aqueles que fornecem:

Boa organização do trabalho – contexto, orientação, ferramentas e autonomia para suas equipes sentirem que seus trabalhos são significativos

Segurança psicológica – as pessoas sentem que podem falar os assuntos do trabalho sem medo, criando um ambiente aberto para a produção e o compartilhamento de ideias. Isso impulsiona a colaboração e a inovação, além da busca pela solução conjunta de problemas. Pessoas que se sentem seguras para contribuir são mais realizadas e obtêm níveis ainda mais altos de satisfação do cliente.

Essa combinação de fatores gera um ciclo virtuoso de satisfação do funcionário, fidelidade do cliente e lucratividade. Para desbloquear essa perspectiva e torná-la uma realidade, a liderança deve se perguntar:

Como posso facilitar a vida dos membros da minha equipe fisicamente, cognitivamente e emocionalmente?

Essa é a mentalidade do líder servidor que, de acordo com estudos, melhora não somente a satisfação, como o desempenho da equipe. E isso também vale para a própria liderança, que considera seu papel mais significativo ao sentir que está ajudando outras pessoas.

O problema é que as características mais valorizadas no momento de uma promoção não se correlacionam com as de um líder servidor de forma tão explícita. A habilidade técnica e a motivação pessoal se sobrepõem à priorização da satisfação dos funcionários. Além disso, características como a habilidade de construir relacionamentos que criam confiança, diálogo aberto e transparência costuma estar presente em apenas uma a cada dez pessoas, segundo pesquisa do Gallup.

Aí reside uma grande tentação para o líder: ainda que ele reconheça o valor de apoiar os membros de sua equipe e aumentar a sua satisfação no trabalho, o estilo mais autoritário parece dar mais chance de reconhecimento. Isso é comum em empresas de perfil mais tradicional e sem modelos de aprendizado, que perpetuam uma abordagem mais egocêntrica. Coincidentemente, essas são as que mais falham em escolher o talento certo para cargos de gestão. No lado mais extremo, são as que habilitam uma cultura tóxica e insalubre.

Coaching – um caminho de transformação

Desenvolver habilidades comportamentais é um dos grandes benefícios obtidos por quem vivencia um processo de coaching realizado por profissionais devidamente capacitados para tal, como os experts da Optimus Coaching Solutions. Mudar modelos mentais para se adaptar a uma liderança realmente impactante nos negócios é não apenas possível, como está ao alcance de quem realmente deseja isso.

Saber ser verdadeiramente disponível para a equipe, além dos outros atributos que já mencionei aqui, provoca a lealdade e promove um ambiente propício à uma produtividade positiva. Para isso, é preciso também se mostrar vulnerável, compartilhando as próprias emoções em resposta às emoções dos outros. Validar sentimentos, reter julgamentos e sempre oferecer apoio também fazem parte do pacote. É assim que um líder mantém sua estabilidade emocional e garante uma rede de apoio consistente, com colaboradores com senso de autoconfiança, autonomia e autocompetência, fatores de felicidade e bem-estar.

Isso tudo só funciona quando é genuíno e sincero. Requer estar consciente e em paz com seu próprio estado interior. Vale aquela máxima: ajudar primeiro a si mesmo para poder fazer o mesmo pelos outros. Sem sombra de dúvidas, coaching é uma maneira de trilhar essa jornada com excelência.

Guardei o melhor para o final: entre em contato e agende já a sua sessão experimental gratuita.