Vivemos uma era em que a Inteligência Artificial ganha cada vez mais espaço, chegando inclusive a espantar grandes instituições de ensino. Elas se perceberam na urgência de rever seus métodos, uma vez que alunos têm sido pegos entregando artigos impecáveis, mas que foram escritos por plataformas como o ChatGPT. Porém, o que está em questão não é o potencial maléfico dessas ferramentas, mas a forma como elas são usadas.

Por exemplo, um professor que, ao corrigir as redações de seus alunos, se deparou com uma nitidamente superior às demais. Argumentação, concisão, precisão e gramática estavam impecáveis e isso destoava do que ele costumava ver nas produções acadêmicas de seus estudantes. Questionando o aluno que entregou o material, descobriu que ele havia usado o ChatGPT – que escreveu todo o texto.

A partir daí, o professor se vê no dilema: proibir ou abraçar essa tecnologia? A primeira opção se tornou um grande desafio (talvez até impossível), então o que resta é considerar isso uma oportunidade de dinamizar as aulas. Uma saída seria incorporar essa inteligência artificial como ferramenta de ensino e, quem sabe, trazer textos feitos por ela para que os alunos discutam o tema, defendendo ou questionando os argumentos.

As ferramentas de Inteligência Artificial devem mexer profundamente com algumas profissões, chegando inclusive a tornar algumas obsoletas. Trazendo essa reflexão para o mundo corporativo, no caso das equipes autogeridas, como fica a liderança?

Mas afinal, o que é um time autogerido?

Um time autogerido é um grupo de colaboradores que tem a responsabilidade de administrar e gerenciar de forma autônoma o seu próprio trabalho. O grupo se reúne para discutir projetos, determinar algumas metas e objetivos, alocar tarefas e monitorar o progresso. Não é fácil, porque exige mais empenho e comprometimento de cada um.

Funciona bem em empresas de estrutura menos verticalizada, mais dinâmicas e rápidas e que querem a oportunidade de oferecer mais autonomia para as lideranças. Estas, por sua vez, conseguem ser mais inspiradoras e são verdadeiramente seguidas por suas equipes.

Enquanto isso, o líder fornece orientação, apoio e recursos, mas não intervém na tomada de decisões ou na execução das tarefas. Portanto, ainda que a tomada de decisão seja feita em rede, temos uma dinâmica que não substitui totalmente o sistema hierárquico. A palavra-chave deixa de ser controle e passa a ser confiança.

A finalidade de uma equipe autogerida é aumentar a eficiência, engajamento e satisfação dos membros, bem como promover uma cultura de colaboração e responsabilidade compartilhada. Além disso, as equipes autogeridas podem ser mais flexíveis e adaptáveis a mudanças, uma vez que não dependem de uma hierarquia rígida para tomar decisões e agir. É uma forma de agilizar tarefas através de times maduros e entrosados. 

Quem pode fazer parte de uma equipe autogerida?

Não é qualquer pessoa que pode trabalhar em uma equipe autogerenciada. É necessário ter certas características e habilidades para estar em um time assim.

  • Autonomia: capacidade de tomar decisões e agir de maneira independente sem necessidade de supervisão constante.
  • Comunicação eficaz: habilidade de se expressar claramente e ouvir atentamente os demais membros do grupo.
  • Resiliência: capacidade de lidar com desafios e fracassos de maneira saudável e proativa.
  • Trabalho em equipe: habilidade de colaborar com os demais membros para atingir objetivos comuns.
  • Responsabilidade: disponibilidade para assumir a responsabilidade pelo trabalho e pelos resultados.

É importante ter uma mentalidade aberta e disposição para aprender e crescer continuamente, já que as equipes autogeridas requerem a constante evolução e desenvolvimento de suas habilidades.

Qual é o papel de um líder na equipe autogerida?

Em uma equipe autogerida, a liderança desempenha um papel importante. Ela é responsável por garantir que todos estejam trabalhando em harmonia e colaborando para alcançar os objetivos comuns.

O líder também deve ajudar a promover o senso de responsabilidade e comprometimento, fornecer feedback construtivo e estabelecer parâmetros de metas realistas. Ele precisa ainda apoiar o desenvolvimento das habilidades necessárias para ter sucesso, servindo como mentor e recurso para todos.

E, como essa forma de trabalhar equipara as habilidades técnicas e humanas, como os real skills, é preciso sempre verificar como anda o alinhamento entre os membros. Mas vale a pena, porque o bem-estar nestas equipes é maior porque as pessoas se sentem ouvidas e valorizadas.

5 dicas para um time se autogerenciar

É claro que um time não vai determinar de uma hora para outra que passou a se autogerenciar. O que eu coloco a seguir são alguns passos para entender a caminhada até esse patamar de maturidade.

  • Estabelecer metas claras e objetivos mensuráveis
  • Criar um ambiente de trabalho colaborativo e cooperativo
  • Concentrar-se nos resultados obtidos ao invés da forma como eles são alcançados
  • Dar às pessoas a liberdade de tomar suas próprias decisões, desde que elas sejam consistentes com os princípios da empresa
  • Estabelecer um processo de feedback para que as pessoas possam se comunicar e trabalhar melhor juntos.

Coaching para equipes autogeridas é supérfluo?

Como coach de equipe e de lideranças, eu incentivo o desenvolvimento de equipes autogeridas porque elas têm algumas vantagens. Empresas que adotam esse modelo têm menores índices de rotatividade e atingem grandes resultados.

Maior autonomia: as pessoas têm liberdade para tomar decisões e resolver problemas sem precisar esperar orientação ou autorização.

Maior engajamento: as pessoas se sentem mais envolvidas e responsáveis pelo sucesso do trabalho, o que aumenta o comprometimento e motivação.

Melhor colaboração: as pessoas trabalham juntas para atingir objetivos comuns, o que promove uma cultura de colaboração e apoio mútuo.

No entanto, para criar uma equipe autogerida é necessário trabalhar em algumas habilidades, como comunicação eficaz, resolução de conflitos e tomada de decisão em grupo. Como coach, eu ajudo a equipe a desenvolver essas habilidades e a encontrar o equilíbrio entre autonomia e responsabilidade.

Já o Coaching Executivo é uma metodologia que traz excelentes resultados para o líder, a equipe e a empresa. A liderança passa por um processo que promove melhoria contínua, que perdura mesmo após a conclusão do processo com o coach.

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