Chega de autoajuda e narcisismo. É hora de atualizar o que pensamos sobre liderança.

O mundo em que vivemos sofre transformações em um ritmo acelerado. Elas trazem à tona uma nova realidade em que a fonte essencial da riqueza reside no aprendizado contínuo, ou lifelong learning. Para quem ocupa cargo de liderança, significa buscar constantemente não apenas os conhecimentos de negócio, mas também os de gestão de pessoas. 

Até aí, nenhuma novidade. Cabe, então, que eu esclareça o que quero dizer com novo líder. O ser humano é peça-chave do processo evolutivo em que vivemos e que muito se fala sobre as habilidades necessárias para se desenvolver profissionalmente. 

Com o home office e o estabelecimento de novos tipos de trabalho, como os blogueiros e influenciadores digitais, aprendemos que as fronteiras entre trabalho e vida pessoal têm pressionado empresas e trabalhadores até o limite. É uma lida diária com paradoxos que clamam por equilíbrio:

  • Metas X bem-estar
  • Competição X colaboração
  • Individual X coletivo
  • Presencial X remoto
  • Curto X longo prazo
  • Transparência X proteção de dados

O novo líder transcende a posição hierárquica

Nesta era de transformações digitais quase frenéticas, novos desafios se impõem aos líderes. Agora precisam incorporar mais verdade em seus comportamentos. O tema liderança tem uma rica literatura, mas grande parte desse discurso só infla o ego e exalta a dominância. 

Eu falo em um novo líder porque procuro desenvolver a autenticidade com meus coachees. Eles precisam priorizar atos de serviço, em vez de mergulhar no narcisismo e na competição para ser o melhor líder. Afinal, isso não é sustentável, só gera desgaste e desvia o foco do que é mesmo importante. O novo líder está empenhado em outras coisas: 

  • Estar disponível para ouvir e ajudar a equipe a solucionar problemas 
  • Empoderar e orientar as pessoas para que possam ter autonomia

O novo líder não está em busca da perfeição porque sabe que isso é impossível. De uma forma sincera, ele se mostra uma pessoa confiável, íntegra e disponível no dia a dia. Então, tal como a empatia, isso não tem como ser uma meta, simplesmente porque tem mais a ver com consistência e honestidade. É assim que se conquista seguidores, algo muito mais valioso que liderados. 

A ideia de novo líder que eu defendo é mais uma atualização do conceito de liderança. Não estou propondo uma coisa nova, só um ajuste de prioridades. O novo líder é autêntico, mas ainda precisa de conhecimento técnico, de skills de gestão, de princípios e, principalmente de inteligência emocional. Essa jornada é mais fácil para quem desenvolveu a autoliderança

10 erros que um líder não pode cometer (parte 1)

10 erros que um líder não pode cometer (parte 2)

E como fica o RH? 

O acesso mais democratizado à informação possibilitou uma maior participação a pessoas de qualquer nível, inclusive em processos de tomada de decisão. Isso mexe de certa forma com a hierarquia organizacional, fazendo com que líderes e Recursos Humanos criem formas de valorização do capital humano.  

Em outras palavras, o contexto de conquista de espaço da Inteligência Artificial substituindo a atividade humana em algumas tarefas gera a demanda de um novo gerenciamento de pessoas focado no estímulo à capacidade de criar e de inovar. Muitas vezes, a necessidade não é de táticas ou estratégias, mas de velocidade de reação e eficácia. O gestor que se baseia apenas na autoridade para trabalhar com sua equipe corre vários riscos. Eles vão desde má qualidade das entregas até a perda de seu cargo para alguém com mais skills de inspiração e influência. 

O RH traz para o gestor a oportunidade de ser líder e deve apoiar essa jornada, inclusive com a equipe. É claro que o novo líder é uma construção constante feita por ele mesmo, mas o resto da corporação precisa ter a cultura de fomento a tudo que resulta da atuação desse novo líder, que traz mais produtividade e inovação. Em outras palavras, toda a empresa precisa saber lidar com o que esse upgrade na liderança implica: pessoas mais proativas, que querem fazer parte dos processos decisórios e que querem ser ouvidas.  

O coaching apoia a evolução para novo líder

Não dá para agir diferente pensando como antes. Sendo assim, a atualização do modelo mental é uma necessidade para abraçar a flexibilidade, a resiliência, a macrovisão para enxergar simultaneamente diferentes cenários, a adaptabilidade e a inteligência emocional. 

Desenvolver essas habilidades ajuda a sustentar uma postura aberta às possibilidades que surgirem e permite estar à frente das mudanças que o mercado exigir. O processo de coaching adiciona um conjunto de ferramentas e experiências, apontando áreas de melhoria concreta. 

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