Em tempos de estresse e pressão, precisamos falar sobre a síndrome de burnout. Milhões de pessoas pelo mundo estão vivendo como se estivessem “a ponto de explodir” por conta do trabalho.

Com a pandemia de COVID-19, o número de pessoas com a síndrome de burnout aumentou ainda mais. E para quem atua na linha de frente do combate ao coronavírus, essa exaustão é nítida. 

Já para quem vivencia o home office, o isolamento social potencializou o transtorno. Muitos profissionais, inclusive, dizem que estão trabalhando ainda mais agora, principalmente devido ao aumento das exigências e da nova rotina.

Em virtude da importância do tema, preparei este conteúdo com tudo o que você precisa saber e dicas muito valiosas!

Para começar, você sabe o que é síndrome de burnout?

Síndrome de burnout: o que é

A síndrome de burnout é um distúrbio psíquico de estresse crônico decorrente do excesso de trabalho. Ou seja, é caracterizada por um estado de tensão e desgaste físico, emocional e mental.

Com essa descrição já dá para entender porque o transtorno também é conhecido como síndrome do esgotamento, não é mesmo? O próprio termo em inglês “to burn out”, ou queimar completamente, se refere justamente a algo que se consome até o fim.

É um papo sério

Apesar de ser conhecida desde a década de 1970, a síndrome de burnout só ganhou registro oficial recentemente. Hoje, o transtorno faz parte do grupo 24 do CID-11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde).

De lá para cá, o distúrbio vem ganhando visibilidade e reconhecimento. Esse é um problema de saúde mental que merece cuidado e atenção como qualquer outra doença.

Síndrome de burnout: causas

A síndrome de burnout é um distúrbio atrelado ao ambiente de trabalho, à rotina e às responsabilidades profissionais. Sendo assim, é causado por condições insalubres ou desgastantes, que provocam o acúmulo de estresse e tensão emocional.

Por isso, essa é uma doença que geralmente acomete profissionais que atuam sob pressão constante, como gestores, médicos e policiais. No entanto, é importante dizer que pessoas de qualquer área de atuação podem ter esse tipo de esgotamento.

Veja a seguir as principais causas da síndrome de burnout.

  • Carga horária de trabalho excessiva
  • Estar sob o comando de líderes rudes
  • Ter metas inatingíveis
  • Não ter reconhecimento no trabalho
  • Relação hostil entre pares e superiores
  • Conflitos na equipe
  • Pressão e cobrança exageradas
  • Responsabilidades em superabundância
  • Ambiente de trabalho com injustiças, fofoca, desarmonia, competição exagerada
  • Falta de autonomia e confiança

Síndrome de burnout: sintomas

Os sintomas da síndrome de burnout são uma espécie de resposta a um longo período de exposição a condições estressantes. Assim, o corpo passa a demonstrar sinais de que algo não vai bem.

  • Cansaço excessivo
  • Angústia
  • Mudanças no humor e irritabilidade
  • Insônia
  • Esquecimentos ou lapsos de memória
  • Ansiedade
  • Dores físicas (palpitações, dor de cabeça, dor gastrointestinal, falta de ar e tontura)
  • Baixa imunidade
  • Dificuldade de concentração
  • Pessimismo
  • Baixa autoestima
  • Isolamento social
  • Baixa performance no trabalho
  • Absenteísmo

Fadiga de zoom: o que é

Durante a pandemia de COVID-19, que promoveu a adoção do home office, surgiu um novo fenômeno chamado fadiga de zoom. Em outras palavras, é um cansaço ou preocupação excessiva associada ao uso de plataformas de videoconferência.

Qual é a diferença entre síndrome de burnout e fadiga de zoom?

Com esse novo cenário, muitas dúvidas estão surgindo, e é comum confundir a síndrome com a fadiga. Então, é importante esclarecer que a síndrome do burnout é um transtorno causado pelo acúmulo excessivo de estresse, gerando exaustão mental, emocional e física.

Já a fadiga de zoom é um cansaço mental provocado por reuniões online de trabalho em demasia. Nesse caso, o profissional pode ter queda na produtividade, mas não chega ao esgotamento.

Fadiga de zoom pode levar à síndrome de burnout

Embora o quadro da fadiga de zoom não seja tão grave quanto o da síndrome de burnout, merece observação e cautela. Isso porque é possível que esse estado evolua e se transforme em um distúrbio psíquico.

Portanto, é essencial que as empresas tenham políticas internas que zelem pelo bem-estar de seus colaboradores. E as pessoas também precisam estar atentas aos sinais do corpo e da mente, além de investir em prevenção!

Síndrome de burnout: como prevenir

Como diz o velho ditado, “é melhor prevenir do que remediar”. Sabendo que o estresse no trabalho é quase inevitável, as ações que aliviam as tensões profissionais são essenciais. Isso pode ser feito por meio de uma mudança de hábitos, por exemplo. Veja a seguir o que mais ajuda a reduzir o risco de desenvolver esse distúrbio.

Invista em coaching

O coaching ajuda na prevenção da síndrome de burnout principalmente porque é um programa que promove o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Também é fundamental para mudar o mindset, ajudar a lidar com o estresse e a definir objetivos.

Tenha uma vida saudável

Em primeiro lugar, é importante levar uma vida saudável, com uma alimentação balanceada, buscando sempre respeitar os horários das refeições. Nesse quesito, incluir atividades físicas regulares também é fundamental para aliviar e diminuir as tensões.

Descanse

O descanso é imprescindível para evitar o esgotamento. Por isso, reserve sempre um tempo para relaxar e se desligar do trabalho. Não é fácil, mas é necessário.

Tenha momentos prazerosos

As atividades de lazer também entram no quesito prevenção da síndrome de burnout. Por isso, desfrute de hobbies, fuja da rotina, faça passeios e viagens, aproveite seu tempo com a família e os amigos. O importante é viver momentos felizes.

Peça ajuda

Deixe o orgulho de lado e peça ajuda. Conversar com amigos, familiares ou colegas de trabalho ajuda a lidar com o estresse em diversos sentidos. Vale ainda contar com o apoio de profissionais como psicólogos, terapeutas e coaches.

Síndrome de burnout: como lidar

A boa notícia é que a síndrome de burnout tem cura. O diagnóstico deve ser feito por um profissional e o tratamento pode variar de pessoa para pessoa.

No geral, o cuidado tem a ver com a mudança na rotina. Isso inclui as formas de prevenção já citadas acima. Mas, em alguns casos, pode ser necessário também o uso de medicamentos e psicoterapia.

O tratamento da síndrome de burnout pode ter melhores resultados quando algumas dicas são consideradas. É um conjunto de ações que favorecem o restabelecimento da saúde.

  • Lembre-se de que o consumo de álcool e outras drogas não soluciona o problema e ainda pode piorar a sua saúde. Sendo assim, é melhor evitar
  • Busque ajuda de um programa de coaching para alcançar transformações internas e externas e encontrar novas possibilidades, permitindo a proposição de uma dinâmica melhor no ambiente de trabalho
  • O apoio dos amigos e familiares é fundamental para lidar com os transtornos mentais
  • O suporte profissional de um terapeuta, psicólogo ou psiquiatra é essencial para tratar a doença
  • Tenha a consciência de que a saúde mental é tão importante quanto a física. Por isso, entenda que a síndrome de burnout é uma doença que requer tanta atenção e cuidado quanto qualquer outra.