Você fez tudo o que precisava fazer, da maneira que deveria ser feito e no momento correto. No final das contas, não deu certo ou o resultado ficou aquém do esperado. O que é mais provável, neste momento, é que você sinta muita frustração. E isso é perfeitamente natural e compreensível – afinal, é da natureza humana. 

A vida é cheia de frustrações, das pequenas irritações do dia a dia até os grandes fracassos e perdas. E, como inevitavelmente faz parte da nossa existência, precisamos entendê-la e saber como lidar com ela. Podemos usá-la como um indicador dos problemas que enfrentamos, apontando mudanças necessárias naquilo que nos faz sofrer. Saber gerenciar as frustrações é uma grande habilidade porque permite um processo evolutivo contínuo na medida em que se experimenta e amplia o seu mundo.

Consequências da frustração

A frustração é destrutiva quando gera perda de autoestima e autoconfiança, depressão, ressentimento, raiva, irritabilidade, agressividade e estresse recorrentes, extremos ou prolongados. 

Abuso de drogas ou álcool, assim como transtornos alimentares, comportamentos compulsivos e de dependência também integram essa lista danosa. São formas ineficazes de tentar preencher o vazio deixado pela desilusão.   

O importante é não permitir que a frustração evolua para a resignação que leva à desistência de coisas que são importantes. Não deixe que ela traga prejuízos para a sua vida.

Os tipos de frustração 

A frustração pessoal é diferente da profissional. No livro “O Pior Inimigo do Engajamento Profissional”, de Mark Royal e Tom Agnew, consultores do Hay Group, a frustração é descrita como a inimiga número 1 do engajamento dos colaboradores. 

A conclusão do livro é que até mesmo os profissionais mais motivados acabam se desmotivando ou buscando outros locais para trabalhar, depois de certo tempo lidando com frustrações relacionadas ao que os impedem de dar o seu melhor. Isso acontece porque eles entendem que não há muito o que fazer para solucionar esses obstáculos. 

As empresas, por sua vez, não percebem que um funcionário está se desmotivando por três principais razões: 

  • Não dialogam com os colaboradores sobre seus níveis de engajamento,
  • Confundem dedicação com motivação,
  • A cultura de algumas empresas transfere a responsabilidade sobre o engajamento para os próprios colaboradores. Estes, por sua vez, que não falam sobre suas frustrações para não serem tachados de chatos.

O que a liderança pode fazer

E aí você pode estar se perguntando: como saber se o profissional está desmotivado ou se simplesmente é um mau funcionário? Pelo nível de comprometimento e pela performance dele. O mau profissional não se esforça tanto quanto aquele que é dedicado, ainda que frustrado. Um gestor deve dialogar e, acima de tudo, saber ouvir para que as pessoas sintam que terão apoio e se abram sem medo de serem tachadas de rabugentas.  

Uma liderança que recorre ao feedback, promove o diálogo e oferece suporte tende a obter o melhor de suas equipes, especialmente quando há diferentes gerações nela. Às vezes, a frustração tem a ver com estar sobrecarregado por não saber como distinguir quando a demanda é urgente, importante ou prioritária

Os jovens da Geração Y são ansiosos e querem saber como estão indo, se estão contribuindo para a empresa e se estão indo bem. Esses dois exemplos não são situações impossíveis de resolver, né? É tudo uma questão de suporte. 

Não basta pedir que os funcionários façam mais com menos, embora essa seja uma realidade imposta a muitas empresas pelo cenário econômico atual. É preciso fornecer condições e encontrar saídas inteligentes para que o ambiente de trabalho seja mais eficiente. 

Mas e se a frustração é minha? 

Apesar de tudo que pode estar ocorrendo na nossa vida pessoal, a vida profissional continua dependendo de nós para acontecer. Não dá para impedir os contratempos, mas podemos controlar como trabalhamos. Você sabia que novas evidências sugerem que emoções negativas podem ser usadas em nosso favor? 

Calma, não estou falando daquela positividade tóxica e sem noção. Estou falando é de usar o mau humor para combater um bloqueio criativo. Um estudo publicado na Revista da Academia de Administração investigou os hábitos de profissionais criativos por meio de suas emoções relatadas em diários. 

Os pesquisadores concluíram que os participantes mais produtivos relatavam emoções positivas (inspiração, entusiasmo, agilidade) no final do dia. Porém, eram também os que começaram seus dias mais produtivos com emoções negativas (estresse, hostilidade, culpa). 

Mas o que isso quer dizer? Alta criatividade pode ser o resultado de um processo denominado mudança afetiva – a interação dinâmica entre emoções negativas e positivas.  Ou seja, canalizar a frustração em seu trabalho. Como fazer isso? Transformando essas emoções negativas em combustível para direcionar seu foco em uma tarefa ou projeto específico. Você encontrará soluções que provavelmente seu eu mais “feliz” não conseguiria descobrir.

O que mais eu posso fazer? 

Tente avaliar de forma precisa seu repertório de habilidades para mudar situações que te impedem de resolver seus problemas e atingir seus objetivos. Crie um plano realista para solucionar esses obstáculos, ou, pelo menos, minimizar seus danos. Em outras palavras, controle a frustração para que ela não te controle. 

Dosar as expectativas é uma boa estratégia. Mire no concreto, realizável e que está ao seu alcance. Não se trata de amordaçar o otimismo que existe em você. Ele é importante porque exercita diariamente sua capacidade de ter esperança, a despeito de coisas ruins que podem acontecer.  

Cultive a empatia e controle a autocrítica. A empatia fornece uma nova perspectiva para os acontecimentos e ajuda a entender por que as coisas não saíram do jeito esperado. A autocrítica, se não controlada, pode restringir habilidades que permitiriam encontrar soluções. Castigar-se não elimina o problema! 

Valorize seus esforços e o seu aprendizado. Mesmo frustrado por não ter alcançado o objetivo, você precisa reconhecer o que fez, o caminho que percorreu e a sua perseverança. Há coisas que simplesmente não dão certo e é necessário saber a hora de parar de tentar e de procurar motivos ou justificativas. Valorize a sua jornada e não deixe a decepção te paralisar. 

Como um coach pode te ajudar

Você pode estar vivenciando níveis de frustração que demandam mudanças maiores. Talvez você não saiba quais mudanças são essas, apenas sinta que precisa de novos caminhos. Passar pelo processo de coaching traz aprendizado, reflexões e conhecimentos intelectuais, assim como, ações, reações e emoções. 

O coaching pode alavancar a carreira e os negócios porque promove a maior riqueza que um ser humano pode ter: o conhecimento. Ninguém tira o conhecimento de uma pessoa, nem ela o diminui ao compartilhá-lo.

Investir em um programa de coaching é uma escolha muito acertada. Você adquire ferramentas e habilidades para seguir seu próprio caminho de aprimoramento. Isso é possível quando você opta por profissionais certificados e aptos para promover a mudança que você precisa. Entre em contato com a Optimus Coaching Solutions e descubra como podemos alavancar a sua vida.