A empatia na liderança sempre teve o seu valor na gestão de pessoas. Mas ultimamente, o tema ganhou ainda mais relevância. Afinal, a pandemia de Covid-19 ressaltou a necessidade de um ambiente de trabalho mais empático.

De diferencial para essencial, a empatia se tornou a habilidade mais importante. Isso é o que afirma uma pesquisa realizada pela Catalyst com cerca de 900 profissionais em diversos setores. 

O estudo mostrou que a empatia na liderança é fundamental para as empresas no mundo atual. Os efeitos positivos puderam ser notados no engajamento, na retenção de talentos, saúde mental, inovação e qualidade de vida. 

Mas o que é empatia na liderança?

A empatia é definida como a capacidade de se colocar no lugar do outro. É uma habilidade que envolve compreender, reproduzir e reconhecer a perspectiva do outro, criando uma conexão de entendimento e ações. 

A empatia na liderança é a presença dessa habilidade da inteligência emocional na gestão de pessoas. Mas é importante ressaltar que essa aptidão é formada por três componentes: cognitivo, afetivo e comportamental. Quando essas frentes trabalham juntas, é que temos a empatia.

Componente cognitivo

O componente cognitivo da empatia na liderança diz respeito à atenção, percepção e observação. É a capacidade de identificar ou deduzir o estado emocional a partir de daquilo que se sabe ou se vê. 

Essa leitura é feita de forma imparcial e sem qualquer julgamento, visando a compreensão do outro. É notar que um colaborador chegou mais cabisbaixo hoje ou que estava mais nervoso que o habitual ao fazer aquela apresentação. 

Componente afetivo

O componente afetivo está relacionado ao interesse em captar verdadeiramente o outro. Ou seja, é preciso querer, de fato, criar uma conexão para esse entendimento. Isso permite assimilar as motivações, ações e reações das pessoas.

Neste ponto, a empatia na liderança busca uma troca com a equipe para saber o que houve. Por exemplo, entender que a equipe enfrentou diversos imprevistos durante a execução do projeto, o que aumentou o estresse. Por consequência, o atraso na entrega foi inevitável. 

Componente comportamental

O componente comportamental da empatia na liderança é definido pela capacidade de reação diante das demandas dos outros. Como o próprio nome já diz, é o comportamento da pessoa empática diante da sua percepção e assimilação. 

Ou seja, é a inteligência de usar o conhecimento adquirido pela compreensão do outro para guiar suas condutas. Como consequência, isso torna as ações mais flexíveis e razoáveis. 

Como a empatia na liderança contribui positivamente para os resultados 

A presença da empatia na liderança permite uma gestão mais humana, uma vez que a compreensão do outro se torna o ponto de partida. A partir desse entendimento, o gestor é capaz de articular de forma estratégica e maleável. 

Dessa forma, suas ações vão ao encontro das necessidades da equipe. Segundo o estudo da Catalyst, isso gera efeitos construtivos e bastante significativos para as empresas como inovação, engajamento, saúde mental e qualidade de vida.

  • Inovação: a pesquisa mostrou que 61% dos profissionais liderados com empatia relatam ser muito mais criativos e inovadores. Enquanto isso, apenas 13% dos funcionários com líderes menos empáticos disseram estar propensos a criação e inovação.
  • Engajamento: 76% das pessoas que vivenciaram a empatia na liderança se mostraram mais engajadas. Já entre aquelas que tiveram uma experiência menos empática, apenas 32% relataram estar verdadeiramente engajadas.
  • Burnout: a empatia na liderança também ajuda a conter o burnout. Mulheres com líderes altamente empáticos eram menos propensas a relatar altos níveis de esgotamento geral no local de trabalho. Isso equivale a 54%. Já no caso daquelas que encaravam a falta de empatia, o percentual é de 67%.
  • Vida pessoal e profissional: um dos dados que mais chamam a atenção é que 86% dos que têm gestores empáticos disseram ser capazes de lidar com as demandas da vida profissional e pessoal. Já para aqueles que não tinham tanta empatia no trabalho, esse percentual cai para 60%. 

Empatia na liderança comanda os negócios

Em tempos pandêmicos e de crises que vivemos, é preciso um olhar com parcimônia para a equipe. É preciso ter empatia na liderança.

Esse período foi o grande estopim para provar que os profissionais querem um gerenciamento mais humano. Isso porque as transformações no mundo todo e a entrada das novas gerações já mostravam a necessidade desse perfil na liderança. 

De acordo com o relatório State of Workplace Empathy, realizado pela Businnessolver, 83% dos profissionais da Geração Z escolheriam uma empresa com uma cultura de empatia em vez de outra com um salário maior, contra 75% dos colaboradores em média.

Cultura da empatia

A empatia na liderança já deixou de ser uma tendência para ser a realidade. É preciso construir uma cultura organizacional mais empática. Segundo a Businnessolver, “a empatia em si é um impulsionador de negócios, impacto e desempenho”. 

Em 2019, 65% dos colaboradores disseram que acreditam que uma organização empática é muito mais inspiradora e motivadora. Em 2020, esse percentual aumentou para 76% dos entrevistados. 

A empatia no local de trabalho

O relatório mostra ainda que desde o início do estudo, em 2016, a empatia no local de trabalho é importante. Essa afirmação é uma unanimidade entre colaboradores, profissionais de RH e CEOs. 

Além disso, a capacidade de se colocar no lugar do outro está consistentemente ligada ao impacto nos negócios. Vale destacar que a pesquisa aponta que a empatia na liderança e na construção da cultura organizacional ajuda a promover bem-estar. 
Para finalizar, gostaria de ressaltar que a esperança para o futuro está no desenvolvimento da empatia. Isso porque ela é uma habilidade que pode ser aprendida, adquirida e aperfeiçoada. Então, que tal começar a fortalecer ainda mais essa habilidade em você? Saiba que eu e todo o time da Optimus Coaching Solutions estamos à disposição para te ajudar a construir essa realidade!